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10 PERGUNTAS CERTEIRAS A ANA DE PINA

1 – Que peça de vestuário nunca deveria ter sido inventada?

Só me ocorre uma: Crocs. É uma peça que  não gosto, mesmo nada, não encontro outra peça que para mim faça menos sentido existir que esta, não é mesmo nada bonita .

2 – Pensando na roupa que se usava, em que década é que não se importava de ter vivido?

5adca92e8b6c861628b51eb75d5c32ef52f347b0d4e7bd074f81340bd3c95310Apesar da agitação vivida nesta época, escolhia sem duvida a década de 70, identifico-me com a época e com as inúmeras peças de roupa, desta altura, desde o macacão, croped top à calça flare, mais conhecida como boca de sino, que usei e uso, sou uma verdadeira fã e adepta destas calças.

E escolho esta época, também, pelos padrões étnicos e coloridos que se usam e que foram usados não apenas como moda mas como uma forma de liberdade de expressão.

3 – Que peça de roupa, calçado ou acessório lhe dá um boost automático de confiança assim que o veste/usa?

Uns sapatos de salto alto. Qual a mulher que ao calçar uns belos sapatos de salto alto não se sente logo mais esguia e confiante? Eu sinto! E penso que é uma peça essencial para qualquer mulher.

E mais, dão um boost automático a qualquer look por mais básico que seja, por exemplo adoro ver uma belos stilletos com umas calças de ganga e um camiseiro.

4 – Uma mulher portuguesa que admire pelo estilo?

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Raquel Prates, para mim é um ícone de moda, uma verdadeira It- woman portuguesa.

Adoro o seu visual e estilo muito particular, muitas vezes irreverente, mas de uma extrema elegância.

5 – E uma que seja para si um exemplo de vida?

Não consigo indicar uma mulher que para mim seja um exemplo, porque tive e tenho muitos exemplos na minha vida, que me inspiram e ajudam a crescer. Posso dizer que ao longo da minha vida deparei-me com várias mulheres que, para mim, foram e são um exemplo e muitas mulheres comuns que passaram pela minha vida e fizeram diferença ou marcaram a minha vida de certa forma, falo de amigas, irmãs, colegas de trabalho, professoras, médicas que me inspiram e acrescentaram algum conhecimento, ensinamento ou algo de positivo na minha caminhada.

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Wilma Moisés

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Mariama Barbosa

Por exemplo lembro-me, até hoje, da minha directora de turma do ensino básico – professora Alexandra Amaral,  da minha professora de história do Direito (Dra. Teresa Morais –  jurista, assistente universitária e política portuguesa) a Magistrada do Ministério Publico –  Dra. Maria José Morgado, a Mariama Barbosa (Relações Públicas da agência SHOWPRESS PRESS & PR OFFICE e da ModaLisboa e autora do blogue MariamacomK), Wilma Moisés ( Fashionista e autora do blog fashion sambapita) –  todas estas mulheres me inspiraram e inspiram, seja pela força e determinação que transmitem ou pelo seu papel e posição na sociedade.

Diria que todas as mulheres que passaram e marcaram o meu percurso, enquanto ser humano, são mulheres que fazem-me  acreditar e pensar que podemos ser e chegar onde quisermos.

6 – Na roupa e forma de vestir, devemos jogar pelo seguro ou arriscar mais?

Eu confesso que adoro arriscar, talvez porque a minha profissão me exija, diariamente, jogar pelo seguro e adoptar um estilo mais formal, sempre que posso arrisco e, até, se torna desafiante tentar encontrar formas de ousar  e arriscar sem “infringir” o dress code profissional. Por isso acredito que devemos arriscar mais e, muitas vezes, arriscar passa apenas por usar uma peça de uma cor diferente da habitual ou usar uma peça que achamos que não nos fica bem.

O conselho, quando escrevo para as mulheres que leêm o Blog, é sempre o mesmo “experimentem”, neste caso arrisquem.

7 – Uma loja de sempre, e uma descoberta recente?

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Sfera

Uma loja de sempre para mim é a Massimo Dutti, onde sei que encontro peças de qualidade e com uma duração incrível. Apesar de não ser um compradora assídua, desta marca, quando quero investir numa boa peça do guarda-roupa essencial (https://dfslisboablog.com/2016/07/12/guarda-roupa-essencial/), como um blaser ou uma camisa, sei que esta marca não me irá desapontar.

Uma descoberta recente foi  a Sfera, passava sempre pela loja e não lhe dava grande crédito, de uns 3 anos para cá passei a compradora mais assídua, podemos encontrar peças com uma boa relação qualidade preço.

8 – Como é que a Moda pode ajudar a mudar mentalidades?

Desde logo, começando por arriscar e  quebrando  tabus e os  padrões da indústria.

Felizmente, nos últimos anos, temos assistido a algumas mudanças, cada vez vemos mais marcas  e estilistas quebrarem os maiores padrões  do mundo da moda, como o tamanho, cor-de-pele, idade e género.

Dou-vos alguns exemplos: em 2014, no desfile de Outono/inverno da Gaultier em Paris,as atenções estavam viradas para Conchita Wurst, conhecida como “a cantora barbuda” que venceu o Festival Eurovisão da Canção.

Em 2015, a marca de produtos capilares Redken escolheu a modela, bransileira transexual, Lea T para ser a cara da marca, quebrando o enorme tabu do género, mostrando que a beleza é mais do que um género.

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Michael Kors e Ashley Graham

Em 2017, um dos grandes padrões da industria da moda é quebrado, quando Michael Kors, utiliza no seu desfile de Outono, a modelo plus size – Ashley Graham – mostrando que a moda e a sua marca é para todas as mulheres.

Temos assistido a uma maior receptividade, ao que para muitos ainda é considerando “diferente”  e, embora, haja uma maior diversidade de modelos, que quebram os padrões, ditos normais,  ainda há um  longo caminho a percorrer para que a moda, com o seu poder influenciador, continue  a mudar mentalidades.

9 – Qual o seu lema de sucesso?

Neste momento, não tenho um lema de sucesso, mas durante alguns anos, vivi sob o lema “sutine et abstine” que é uma expressão do latim que siginifica “suporta e abstém-te”,  para mim no suportar e no abster estaria o vencer.  Hoje em dia não vivo tanto sobre este lema ou qualquer outro, tento simplesmente dar o melhor de mim para ser uma excelente profissional, mas acima de tudo uma melhor pessoa.

10 – Complete esta frase: “O Mundo seria muito melhor se…”

Aceitássemos o próximo tal como ele é, basicamente aceitarmos a diferença. Seriamos todos tão mais felizes, acredito.

 

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