A história do Lenço de Pescoço

A moda é composta por tendências cíclicas: o que há 10 anos foi moda, é outra vez este ano, tal como foi nos anos 70. Hoje falo-vos de moda como lição histórica, mudando um bocado a perspectiva de uma das maiores tendências de 2017 que se arrastará (julgo) até ao fim desta década.

Podemos voltar atrás ao tempo dos reis. Vamos até ao século XVI em que este lencinho aparece como se fosse de encantar no reino das princesas. Simbolizava a riqueza, exuberância – era próprio da aristocracia.

Depois desaparece: transforma-se em colarinhos entre outros. Voltando a ganhar destaque no século XX de um ângulo bem diferente do anterior.

Estamos em plena Primeira Guerra Mundial quando as mulheres começam a trabalhar porque a necessidade aguça o engenho. O lenço passa a objeto prático: completa o look formal mas protege dos resfriados ao mesmo tempo. No seu evoluir, foram as hospedeiras que levaram o lenço consigo enquanto símbolo da profissão.

A realidade é que também andaram por aí por volta dos anos 80. Sei isto porque quando apareci à frente da minha avó com um lenço ao pescoço dizia-me cheia de espanto que tenho uma gaveta cheia deles porque é fantástico como se usavam no meu tempo e agora andas aí tu com um igual. Convenhamos, não há enciclopédia mais correta que uma avó!

Para acabar, clarifico que estou a falar: de um lenço de formato quadrado, que se usa ao pescoço com as cores que quisermos, mas sempre atado de lado para cair perto do cabelo.

Sim, os de seda são os melhores – já dizia o Senhor Hermès que os criou há 200 anos e conseguiu a proeza de os eternizar até hoje. Mas a realidade é que vem aí o Inverno e podemos sempre dar prioridade a tecidos quentes.

E esta lição é para as mulheres: o lenço como símbolo social! Mas se repararem, os homens também andam de lenço ao pescoço. Mas para isso, precisávamos de mais um sumário.

Francisca Pedra Soares

Texto redigido segundo o novo acordo ortográfico

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