Captura de ecrã 2021-02-21, às 14.43.34

Desmistificando: Body Positivity

O conceito Body Positivity, traduzido para «Positivismo Corporal» define a ideia de que todos os corpos devem ser aceites e amados independentemente dos estereótipos marcados pelas culturas e sociedades. Algo básico, não?

Podemos olhar para esta definição e achar que se trata de conhecimento geral e que não devia ser um conceito que merecesse a nossa atenção, mas a verdade é que a sua relevância tem-se tornado um dos grandes fundamentos da atualidade. Basta recuar uns anos para perceber que todas as formas de divulgação de produtos detinham os mesmos protagonistas: pessoas brancas, de figura estreita com poucas ou nenhumas curvas. Tendo em conta que esta figura apenas descreve uma pequena parte da população mundial, era causa de problemas como distúrbios alimentares, falta de aceitação, falta de amor-próprio e, em especial, fazia acreditar que as pessoas só seriam felizes ou teriam sucesso se se parecessem com as pessoas que viam nos grandes ecrãs.

Mas com o passar do tempo vem a mudança de mentalidades e hoje a luta pela representatividade da diferença tem um impacto maior do que nunca. Quer seja em campanhas publicitárias, desfiles de moda ou videoclips é possível encontrar variedade de étnicas, géneros, corpos apelando à inclusão e à aceitação da diversidade. São várias as figuras públicas e marcas que se mostram a favor deste movimento:

 

Rihanna – Foi mencionada num post anterior como uma das mulheres que marcou o ano de 2020 e grande parte desse feito está relacionado com o apoio a este movimento. Rihanna mostra a sua posição enquanto defensora do positivismo corporal na sua linha de produtos de maquilhagem, a Fenty Beauty, com uma impressionante gama de 50 tons de base, ou através da sua marca de lingerie, Savage x Fenty, com tamanhos que variam do XS ao 3X apresentados por modelos de vários géneros, etnias e tamanhos.

Vídeo – https://www.youtube.com/watch?v=wz3LVfecNLg&ab_channel=AmazonPrimeVideo

 

Lizzo – A cantora, vencedora de três grammys, procura normalizar os corpos maiores. Afirma que «gostaria de ser body-normative (corpo-normativa) – Quero normalizar o meu corpo». Lizzo mostra ser uma apoiante da normalização dos corpos, que o deve a quem começou e que não quer apenas parar aqui. «Temos de deixar as pessoas desconfortáveis de novo para que possamos continuar a mudar».

Ashley Graham – A modelo e ativista do movimento mostrou-se contra o termos plus-size, afirmando que retrata um conceito desatualizado. «Penso que quando se usa a palavra plus-size se está a colocar todas estas mulheres numa categoria: ‘Não come bem’. ‘Não faz exercício’. ‘Não se preocupa com o seu corpo’. ‘É insegura’. ‘Não tem confiança’». Graham aborda este tema na sua Ted Talk «Plus Size? More like my Size». Sendo uma recente mamã, levou todo o seu historial deste movimento para o lado da maternidade onde desmistifica todos os desafios da maternidade e pós maternidade.

Vídeo – https://www.youtube.com/watch?v=xAgawjzimjc&ab_channel=TEDxTalks

 

Dove – A marca é conhecida por fazer frequentemente campanhas onde apela ao movimento da aceitação da diferença.

Video – https://www.youtube.com/watch?v=_XOa7zVqxA4&ab_channel=DoveUS

 

Christian Siriano – O estilista de moda e ex participante do ‘Project Runway’ Christian Siriano já vestiu grandes celebridades de Hollywood e foi dos primeiros designers a ter peças inclusivas para os diferentes tamanhos. Siriano inclui modelos de todos os tamanhos e com corpos variados nos seus desfiles e é dos únicos dispostos a vestir atrizes e cantoras com mais curvas em entregas de prémios ou atuações. «Eu não quero saber de que tamanho são, não quero saber de onde é que são, eu só quero que se sintam bem com o que estamos a criar para elas» disse numa entrevista à CBS Sunday Morning em 2017

Video – https://www.youtube.com/watch?v=fPj1650V0xM&ab_channel=CBSSundayMorning

A verdade é que nem tudo é um mar de rosas e já podemos ter ultrapassado muitos estigmas quanto a este tema, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Numa altura em que as redes sociais são promotoras de um marketing falso de vidas e corpos perfeitos, é fundamental sermos fiéis a nós próprias, sem medos, porque é o nosso corpo que nos ajuda a vencer as batalhas diárias, a mover-nos para a felicidade e nos permite aproveitar a vida.

Para verificar as fontes das imagens, por favor clicar nas mesmas. 

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