O título é uma brincadeira. Remete para o momento em que sabemos que alguém está grávida; primeira pergunta: É menino ou menina? E esse é o mote para falarmos de moda sem género. Unissexual.
Estaremos mesmo a caminhar nesta direcção? Os contextos em que surge são vários e este texto funciona como uma pequena lição de História – volta e meia gosto de o fazer, como já devem ter reparado.
Vem alicerçado ao Feminismo e à Igualdade de Género. Nesse sentido, a indústria da moda – sempre trendy – traçou linhas gerais e acentuadas: a tendência gender free – que veio criar tentáculos na tendência girl power.
Podemos também mencionar o Minimalismo – vão perceber pelos exemplos – e os cuidados acrescidos com a sustentabilidade ambiental.
E se vos disser que também vem promover a Partilha? As peças deixam de passar apenas de mana em mana para passar de mana para primo, de primo para sobrinha-prima. Até que o ciclo de vida da peça esteja 100% terminado. É, no geral, mais sustentável – o que é indubitavelmente importante para esta indústria, das mais poluentes do mundo. Reduzimos o número de compras, reduzimos a longo prazo o número de produção industrial – é este o raciocínio
Assim reunidos os ´prós´, parece um sem fim de coisas boas, o que acham? Como podem ler, é uma tendência que tem muito mais que se lhe diga: não é só A; é um mix de B, C e D. Que rapidamente alcançou o mercado dos mais novos também (mais um exemplo a título de curiosidade: Enzo e Eva – com acessórios também).
As marcas que podemos ver ao longo deste texto têm mais um factor em comum entre todas elas: são portuguesas, e vocês já sabem que eu gosto é d’O Que É Nacional É Bom.
Francisca Pedra Soares, Consultora de Comunicação