o-ANNE2-facebook

Em busca do amor-próprio

Sempre que revejo o filme «O Diabo veste Prada» faço uma rápida análise sobre o amor‑próprio, um tema para mim algo misterioso e fascinante. Tenho alguma tendência para julgar mal Andrea, a personagem principal vivida pela actriz Anne-Hathaway. Será que se eu estivesse no lugar dela faria diferente, pergunto-me. Provavelmente não. E logo de seguida questiono-me sobre o porquê de nos deixarmos «pisar» por muitas pessoas e situações com que nos cruzamos ao longo da vida. Concluo que a necessidade de agradar é um motivo, acrescendo a necessidade de ser aceite.

E depois de muitas visualizações do filme e de muito criticar Andrea, de forma mais ou menos acesa, concluí que o que lhe faltou a ela – e a nós, muitas vezes – é uma boa dose de amor‑próprio, aquela força interior que nos ajuda a ser donos de nós mesmos, das nossas opiniões e decisões, com a certeza de que agimos em função da nossa consciência e não do que irão dizer ou pensar, de forma altruísta.

E como fazer para crescer em amor‑próprio? Deixo 4 tópicos para reflectirem sobre o tema e que certamente vos ajudarão a avaliar a situação actual e a encontrar formas de melhor:

» Perfeição VS Melhoria contínua
Somos ensinados desde cedo, e ao longo de toda a vida, que temos de ser bons em tudo, senão mesmo os melhores. No entanto, o que é próprio do ser humano é procurar a melhoria contínua em tudo o que faz. Esta capacidade de superação traz satisfação pessoal e auto‑realização.

» A opinião dos outros é lá com eles
Imagine que vai a subir uma rua com um saco cheio de pedras às suas costas. Cada pedra representa uma opinião ou comentário que alguém lhe fez. Imagina-se a chegar ao cimo da rua carregando tanto peso? Livre-se disso! Aprenda a relativizar as opiniões e comentários que fazem sobre si. A opinião mais importante a seu respeito é a sua.

» Rir é o melhor remédio
Perante um erro, um esquecimento ou um problema, como reage habitualmente? Começa a protestar ou ri-se de si mesmo? Quando isso lhe acontecer, repare nas alterações que sofre ao irritar-se e ao rir-se. Irá sentir que ao rir consegue visualizar novas perspectivas sobre a mesma situação/problema.

» O poder das palavras
Costuma fazer comentários negativos sobre si, do estilo «que estúpida, esqueci-me do telemóvel em casa»? Tal como os comentários negativos puxam ainda mais para baixo, se comentar a mesma coisa de forma construtiva, por exemplo «vamos ver se amanhã estou mais atenta ao telemóvel» sentirá um alívio imediato e mais ânimo, como se o problema estivesse já superado.

Filomena Gonçalves, Blogger, Image Coach e voluntária da DFS

Artigos recentes

X de Infinito: a história da Marta

Apresento – vos hoje uma Mulher inspiradora que conquista qualquer pessoa através da sua energia de Amor e Sabedoria. O seu nome é Marta H., tem 36 anos e nasceu com o sol em balança

X de Infinito: a história da Ana

Conheçam a Ana Rendall – (praticamente) nascida e criada em Oeiras, tem agora 30 anos e formou-se em psicologia clínica. Por voltas que a vida dá, não exerce a função para a qual estudou, tendo

X de Infinito: a história da Elba

Elba Cruz Ramos, beneficiária da Dress For Success Lisboa, formada em Direito e profissional no Ramo Imobiliário, fala-nos da sua história pessoal, os seus desafios e o contributo da DFS para a sua vida atual.

X de Infinito: a história da Isabel

Isabel Lopes Ferreira, tem 57 anos, cientista, funcionária pública. A família e o trabalho são os pilares. Analítica e focada em fazer bem feito. Inovadora e sem medo de encarar mudanças, impulsionando-as. Estudiosa por natureza,

X de Infinito: a história da Manoela

Coragem é a palavra que frequentemente define as nossas beneficiárias, mas desta vez tem um significado especial. A Carla Manoela foi entrevistada e existem outras palavras que ressaltam quando falamos com ela. Honestidade, simpatia, compreensão

X de Infinito: a história da Catarina

Catarina Marques é uma portuguesa que regressou a casa para se lançar numa aventura profissional por conta própria. Conheceu a Dress em 2017, quando vivia na Irlanda. Já em Portugal, procurou a Dress para conseguir