No dia 17 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Criatividade. Sem o poder da nossa imaginação e a capacidade de nos deixarmos absorver pelos pequenos detalhes que nos rodeiam, a criatividade não existiria, e a moda também não. Desde sempre que esta junção serviu o propósito de moldar o que nos inspira em desenhos que posteriormente eram trazidos para a realidade em peças de vestuário. Contudo, a criatividade vai muito além do que trabalhar a nossa imaginação, também serve para resolver problemas (como em épocas anteriores onde as mulheres precisavam de roupa prática para trabalhar e foram criadas as calças femininas).
Hoje as preocupações são outras. O problema não está no que vestir, mas sim naquilo que vestimos. A indústria da moda é das que mais contribui para o aumento da poluição e da destruição ambiental do nosso planeta, tendo como principais impactos: o nível de consumo de água, a erosão dos solos, as emissões de CO2 e a contribuição para o aumento de resíduos e desperdícios.
Foi assim que algumas empresas colocaram a sua criatividade a trabalhar e passaram da consciência sustentável para a ação:
Empresas internacionais:
Reformation – a marca norte-americana produz as suas roupas com tecidos sustentáveis, reciclados e roupas vintage. As suas fábricas usam apenas energia eólica e 75% do lixo é reciclado. A sua ação foi ainda mais longe ao fornecerem passes de metro aos empregados para os influenciar a utilizar mais transportes públicos.
Levi’s – o grupo americano está a implementar um plano interno para diminuir o tempo de produção com novas técnicas que reduzem a quantidade de água necessária para a produção e consomem menos produtos químicos. Denominado projeto F.L.X, pretende também reduzir desperdício têxtil e mostrou que já consegue usar quase 100% água reciclada nas últimas fases de produção.
Adidas – em colaboração com a Parley for the Oceans, a marca recolhe resíduos de plástico das praias, impedindo que estes cheguem ao oceno, e com eles produz pares de calçado e peças de roupa.
Empresas nacionais:
Buzina – criada em 2016 por Vera Fernandes com o objetivo de vestir todas as mulheres que gostam de ser diferentes e versáteis. Em cada coleção tem apenas 20 peças produzidas no máximo 70 vezes, o que contribui para o ambiente e para a exclusividade. A matéria-prima utilizada é recuperada de fábricas parceiras que, de outra forma, iria para aterros.
Captain Tom – marca de bikinis sustentável criada por Raquel Tomaz. Todas as peças são produzidas em ECONYL® – uma lycra proveniente de Itália que utiliza o plástico, tecidos e redes de pesca encontrados nos oceanos e recicla-os transformando os resíduos em fios de nylon.
Bekofee – uma marca que produz de forma artesanal acessórios e peças decorativas através das borras de café.
Naz – Marca criada por Cristiana Costa com produção 100% portuguesa. A inovação surge quando ao entrar no site e selecionar uma peça podemos logo saber onde é que a matéria-prima foi produzida e onde é que foi confecionada a peça final.
Skog – uma marca de óculos de sol artesanais que utiliza vários tipos de madeira. Por cada par de óculos produzido, é plantada uma árvore, compensando assim a pequena pegada carbónica da sua produção.
Se procuras outras alternativas para seres mais sustentável, aproveita e passa neste artigo para teres algumas dicas de como ser menos consumista: A Hiperbole do consumismo
Ana Carolina Freitas
Blogger de Moda
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