Tenho falado muito sobre organizar espaços e tempo nos meus últimos artigos, assim como da importância da ordem na nossa vida. Mas pode ser que algumas das leitoras não saibam por onde começar ou sintam falta de energia para fazê-lo. Não faz mal!
Existem profissionais que podem ajudar neste processo, seja para ensinar como fazer ou para ser feito por outras pessoas. Chamam-se personal organizers ou organizadores profissionais.
Os organizadores profissionais ajudam outras pessoas ou empresas a melhorar os sistemas e processos de organização. Mas não são todos iguais, nem têm todos as mesmas técnicas. Vejamos as diferenças:
- O organizador profissional atua como consultor, percebendo as preocupações dos clientes e os problemas ou conflitos que a deficiência de sistemas de organização podem gerar na convivência do lar e, inclusive, na paz interior das pessoas. Deverá definir os passos do projeto, assim como as regras a seguir pelo cliente no processo de destralhe. O seu papel é ajudar e guiar. Um exemplo deste tipo de organização é a bem conhecida Mari Kondo, que tem um programa na Netflix através do qual podemos ter uma ideia do seu método.
Neste caso, o organizador não arruma, mas sim aconselha no processo.
- Há organizadores que arrumam por si. Neste caso, o papel do organizador centra-se em desenvolver sistemas eficientes de organização dos espaços existentes. Não é um processo de destralhe (apesar de sempre ser preciso fazer alguma seleção), mas sim de aplicação de critérios de organização e aproveitamento melhor os espaços. Um exemplo deste tipo de organizador pode ver-se no programa “The Home Edit”, também na Netflix.
- Existem outros organizadores que fazem uma mistura perfeita das duas técnicas anteriores. Percebem as preocupações do cliente através das perguntas certas, analisam os espaços para poder definir o tipo de situação existente no lar, e propõem um projeto conjunto onde o processo de destralhe é feito em conjunto com o cliente. O desenvolvimento de sistemas de organização dos objetos existentes é feito pelo organizador.
Lembre-se, para poder assumir a controlo sobre os objetos através da ordem, é necessário mudar a nossa relação com eles. Os objetos existem para nos servir, não o contrário (Francine Jay).
Seja qual for a técnica que selecionemos, devemos ter a certeza de que o organizador profissional vai ajudarmos a trabalhar a relação com os objetos. Caso contrário, o processo de organização não vai ser sustentável no tempo.
Mª Covadonga Aparicio Garcia
Blogger de Organização