«Este artigo é, tipo, sobre aquela mania, tipo, que agora há, tipo, de a cada três palavras, tipo, usar a palavra ‘tipo’ pelo menos duas vezes, tipo, não sei se já, tipo, ouviram»!!
Eu oiço diálogos destes a toda a hora e é um tique que afecta crianças a partir dos sete ou oito anos, segue pela adolescência adiante, torna-se viral entre universitários e já vi mesmo alguns millenials, diria que entradotes, atacados por este tremendo vírus.
Sempre que ouço falar assim tenho vontade de gritar.
Este é um abominável vício de linguagem cuja génese desconheço mas que suspeito possa ser um parente (pobre!) do inglês «kind of».
Falar desta maneira é muito cansativo e ter de ouvir alguém que assim nos descreve seja o que for mais ainda.
Apesar de ser moda é tão tolo como o abusivo uso do ‘portanto’, tantas vezes gozado.
Por favor, deixem o ‘tipo’!!
Pontualmente, pode usar-se para a descrição de qualquer situação específica mas o uso e abuso (como acima exemplifiquei) é incorrecto, ridículo e muito cansativo.
Devemos sempre evitar as bengalas de linguagem seja o ‘tipo’, o ‘portanto’ ou qualquer outra.
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Teresa Mouzinho, Editora