1- Se pedíssemos uma descrição tua à tua melhor amiga, quais seriam as 2 primeiras linhas?
É muito teimosa e tem mau feitio, mas sei que estará disponível e ao meu lado a qualquer momento que eu precise.
2- Numa entrevista, perguntam-te qual o teu maior defeito. Qual a resposta?
Tantos. Não faço ideia. Iria tentar não dizer o clichê das entrevistas de emprego, aquela coisa da “perfeição” e por aí fora. Ia tentar dizer o que fosse menos mau. Talvez pegando na pergunta anterior, que a timidez e esse mau feitio inerente, podem ser interpretados às vezes como arrogância, mas na verdade é só timidez e mau feitio.
3- Qual a peça de roupa que é, para ti, imprescindível numa primeira entrevista?
Penso que não importa a peça de roupa que se usa, a única coisa que considero essencial para qualquer momento, e especialmente para uma entrevista, é o conforto. O aspecto exterior pode ser incrível, mas se a pessoa dentro da sua pele estiver a sentir-se desconfortável, não se justifica. O ideal seriam peças de roupa confortáveis e que tenham alguma beleza associada.
4- Como chegaste à Dress For Success Lisboa e o que te fez ficar?
Cheguei à Dress For Success através de uma pesquisa online sobre voluntariados em Lisboa, na altura estava interessada em participar em algo que fosse direccionado para o universo feminino, um projecto para mulheres e que fosse diferente do meu trabalho diário, no entanto, as necessidades da Dress For Success passavam especialmente pelo que eu já fazia profissionalmente, e ,apesar de não ser o que procurava, fez-me sentido ajudar na mesma com aquilo que sabia, quando precisassem dessa ajuda.
5- Qual o momento mais divertido para ti aqui na DFS?
Não tenho propriamente nenhum momento divertido, pois não sou uma voluntária residente/recorrente na Dress For Success, mas diria que as palavras que recebo da equipa, de que o que faço faz a diferença para a comunicação do projecto, acaba por ser um reconhecimento, não tanto divertido, mas sim simpático e gratificante.
6- Que peça de vestuário nunca deveria ter sido inventada?
Sapatos de salto alto desconfortáveis. O conforto devia ter sido uma condicionante na invenção destes, mas essa condicionante foi esquecida durante o processo.
7- Qual a Mulher no mundo do vídeo (cinema ou televisão, actriz ou produtora, etc) que mais admiras?
A Miranda July, certamente está no topo das pessoas que admiro no mundo artístico. É uma artista muito completa, tem uma linguagem muito própria e não se cinge a ser apenas uma coisa, a sua criatividade pode levá-la a vários meios de comunicação: cinema, literatura, arte de instalação, moda, actuação, etc. Essa variedade de competências, ou simplesmente a necessidade de expressão em vários estilos e formas, é algo que acho admirável.
8- E qual a Mulher que consideras O Exemplo de Vida a Seguir?
Não sei se tenho exemplos de vida concretos com nome e corpo, de qualquer forma, acho sempre admiráveis as pessoas que ultrapassam problemas relacionados com saúde física ou mental e conseguem sair melhores dessas situações como se se tornassem de alguma forma inquebráveis, porque perceberam que têm de viver com determinada situação para o resto das suas vidas e não desistem de si mesmas.
9- A edição de vídeo: é uma paixão ou um acaso na tua vida?
A edição de vídeo acabou por ser um acaso. Estudei cinema e comunicação multimédia que englobava muitas coisas: vídeo, artes gráficas, fotografia, etc. Apesar de ter entrado no curso a querer ser fotógrafa, nos últimos anos do curso realizei e editei alguns documentários e criei um gosto por essa forma de trabalho, que viria a ser a única coisa em que trabalhei daí para a frente. Acho que o que me prendeu ao acaso foi ter o lado de profissão de “escritório” que eu gostava, mas que não se tornava monótona, pois cada projecto é sempre diferente.
10- Se a tua vida fosse um filme, quais seriam as principais regras de edição?
Esperemos que poucos plot twists dolorosos e, sobretudo, um final feliz, com uma excelente banda sonora pelo caminho.