Amor-próprio é um conceito tão simples e tão complicado ao mesmo tempo.
O amor-próprio é um estado de bem-estar consigo mesma, que influencia o seu relacionamento com os outros, a nível pessoal e profissional. Não só tem reflexo na imagem que projeta (perceção do outro), como também na aceitação de forças e fraquezas (perceção de nós mesmos).
Desengane-se quem pensa que o amor-próprio é fácil de alcançar!
Se está numa fase em que não sente amor por si, não se preocupe, todas nós já passámos por isso. Até aquela mulher incrível para quem olha e tanto admira, já passou por isso.
No meu caso, houve tempos em que fisicamente não fui capaz de me amar, as comparações excessivas aos ideais de beleza faziam com que não conseguisse ver a minha beleza única.
Quando me comecei a amar fisicamente não havia mais a preocupação sobre aquela gordurazinha na anca, sobre aquela estria ou aquela celulite. Posso vestir o que quero, seja Verão ou Inverno. Já não tenho a preocupação de me sentar direitinha para a barriga não sair, não me preocupo se estou a cruzar a perna de calções e a celulite está visível. Nada disso importa, pois estou ocupada a saborear o momento, estou ocupada a viver!
No entanto, o amor-próprio vai além do físico. O amor-próprio é olhar para dentro de nós e amarmo-nos como somos, com isto não implica que não queira melhorar algum aspeto da sua personalidade, mas ainda assim, é olhar para dentro e conseguir identificar o que de melhor há em si.
Esse amor foi fundamental na fase da minha vida em que estive desempregada. A minha confiança foi abalada por me encontrar nessa situação, comecei a duvidar de mim e das minhas capacidades, e por muito que quisesse sair dessa situação parecia que não havia luz ao fundo do túnel.
Foi o trabalho do amor-próprio que mais me ajudou a ultrapassar esse desafio, a impor os meus limites, a respeitar-me cada vez mais, a reconhecer o meu valor, como pessoa, como mulher e como profissional.
O amor que sinto por mim tornou-me mais forte, mais compreensiva, mais confiante da minha opinião, pois já não preciso da constante validação externa, e tornou-me mais corajosa e com menos rancor.
Deixo-lhe algumas dicas para trabalhar o amor-próprio:
- Identifique o que pensa sobre si mesma, se é maioritariamente positivo ou negativo;
- Faça uma lista com todas as suas qualidades, quer físicas, quer de personalidade e relembre-se delas diariamente;
- Tire tempo para cuidar de si (física, mental e emocionalmente);
- Conheça e imponha os seus limites;
- Perdoe e perdoe-se.
Amar-se não implica que não possa amar outras pessoas.
Amar-se não é egoísmo.
Amar-se é a maior prova de amor que pode dar.
Tal como a atriz Lucille Ball disse:
«Ame-se a si mesmo primeiro e tudo o resto virá em seguida. Precisa amar-se a si mesmo verdadeiramente para conseguir fazer alguma coisa neste mundo».
Texto escrito pela blogger convidada Cátia Sobral
Coach, Consultora & Fundadora The Right Way
Obrigada, Cátia!