Valorização da imagem será mera futilidade ou uma poderosa ferramenta de trabalho?

Vivemos numa sociedade cada vez mais permeável a novos estilos de roupa, de corte de cabelo, de maquilhagem, de acessórios mas ainda assim, não deixa de existir, fruto da cultura, do core business das empresas, algum conservadorismo na forma como nos vestimos, apresentamos e por vezes um certo preconceito por estarmos diferentes. Concordando ou não, é uma realidade ainda sentida e que não a devemos ignorar se o nosso objectivo passa por conseguirmos uma oportunidade de trabalho. Nesse caso, há que fazer uma adaptação com base no que conseguimos percepcionar em relação à Cultura da Organização, à sua actividade e às pessoas que nela trabalham.

Falamos cada vez mais dos cuidados a ter com a nossa imagem pessoal, que é uma forma de transmitirmos aos outros aquilo que temos dentro de nós e que tantas vezes é descurado; quer por excessos cometidos relativamente ao que vestimos, à maquilhagem que usamos, a acessórios que colocamos que não se adequam ao local onde vamos; ou por defeito, quando não nos preocupamos de todo, se estamos com a roupa amarrotada ou suja ou mesmo com o cabelo devidamente ajeitado… Tudo isso faz parte e compõe o nosso Cartão de Visita, e a Imagem que deixamos ficar, em quem nos conhece pela primeira vez.

Desliguemo-nos então de uma de muitas crenças limitadoras que temos, de que a imagem cuidada é para mulheres fúteis e foquemo-nos no facto de se tratar de uma ferramenta de trabalho, tão importante e válida como termos experiência em determinada área de conhecimento. Se o fizermos, vamos compreender que realmente devemos passar uma mensagem cuidada, mesmo não havendo vaidade devemos ter sempre presente que numa primeira impressão os olhos do avaliador não sabem ler quais são os Skills que nos distinguem dos outros candidatos, é por isso que devemos SIM adequar o que temos dentro de nós ao local, e às pessoas que nos recebem para uma entrevista de trabalho. Eu tenho uma máxima, que talvez seja extremista: Se o CEO da Empresa onde trabalho nunca usa calças de ganga, eu também não irei usar! Discutível? Eu sei! Mas pode ajudar-vos a encontrar um Equilíbrio vosso.

Sendo mulher e africana, sinto muitas vezes uma vontade enorme de me vestir com cores alegres, fruto da exuberância que me corre no sangue, no entanto apoio-me em algumas Regras Básicas: nunca mostrar demasiado o corpo, tendo sempre os ombros e os pés cobertos, ter sempre as unhas cuidadas e não muito longas, ter uma maquilhagem sóbria para não retirar a atenção do meu discurso e das Competências Profissionais e Sociais que pretendo transmitir, até por saber que tenho o meu tempo livre, aos fins-de-semana ou após o dia de trabalho onde posso dar o meu toque mais pessoal, mais correspondente ao meu Eu Interior e sentir-me Livre dos julgamentos distorcidos que não quero suscitar na organização onde trabalho.

Além disso, na minha humilde opinião, ainda vivemos num mundo machista, onde uma mini-saia, umas sandálias abertas, um decote, podem ser interpretados como uma porta de entrada para certos abusos e assédios, com os quais, não queremos, não gostamos e muitas vezes não sabemos lidar.

Sendo assim, vamos cuidar de nós para passarmos a Mensagem Certa, para nos conseguirmos enquadrar na cultura da organização, não permitindo comentários e alarido à volta do nosso Outfit, bloqueando o facto de sermos mulheres para algo diferente que não seja de trabalho, quando esse é o ambiente.

É por isso fundamental termos um alinhamento entre a nossa imagem exterior e a pessoa que somos, mas termos também que ter noção do ambiente que nos rodeia, que nos avalia e julga diariamente de forma a não nos sentirmos marginalizadas…

 

Menos sempre foi mais!!!

Isa Carvalho Oliveira 

Blogger, Profissional de Seguros

com a missão de viver Feliz todos os dias!

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