Isabel Lopes Ferreira, tem 57 anos, cientista, funcionária pública. A família e o trabalho são os pilares. Analítica e focada em fazer bem feito. Inovadora e sem medo de encarar mudanças, impulsionando-as. Estudiosa por natureza, fascinada pelo diferente, pela obtenção e partilha de conhecimento. Tem a energia de uma mulher guerreira. Batalhadora, com vontade de vencer e fazer a diferença em tudo o que faz.
1. Como conheceu a Dress?
Através da CM Cascais, numa fase da vida que me coloquei a hipótese de não voltar ao trabalho da administração pública. Após ter explorado várias possibilidades, encontrei ajuda na CMC, que deu respostas concretas e me ajudou a encontrar soluções, através da Dra. Isabel Passarinho que me deu respostas concretas e soube apontar direções. Realço o empenho e qualidade do contributo da Dra. Isabel Passarinho, assim como a aceitação, pois eu nem sequer vivo em Cascais… e foi a Dra.Isabel Passarinho que me colocou em contacto com a Dress. Eu não conhecia o projecto, valeu a pena, ajudaram-me verdadeiramente. Devo à CMC a questão de melhorar o meu desempenho em busca de trabalho, CV e postura. E, depois, à Dress, nomeadamente a Ana Rendall, que me ensinou a vestir para uma entrevista, me deu roupas, e ensinou a fazer maquilhagem. Estas duas entidades foram cruciais quanto à minha formação, aprendizagem e consciência do que era, no momento, o mercado de trabalho. Foi, portanto, um apoio complementar que me ajudou na busca de trabalho e que potenciou o meu currículo profissional. Fui para as entrevistas muito bem preparada, bem vestida, e com um bom CV. Penso que se não fosse a preparação, o feedback poderia não ser o mesmo.Tudo o que aprendi na CMC e na Dress foi ainda mais além do que esperava. Entrei como assistente técnica e pouco tempo depois já estava como técnica superior. Abriu-me portas para outros concursos. Eu reproduzi tudo o que aprendi na CMC e na Dress e repetiu-se toda a boa impressão. O reforço de postura, roupa, discurso estratégico, naturalmente teve muito impacto. Não resolve tudo, mas a probabilidade de oportunidade de entrada para o período de experiência é maior. Se eu hoje sou técnica superior, foi graças a tudo isto, CMC e Dress, para além de formação adequada e bom currículo.
2. Excedeu as suas expectativas com a Dress?
Quando me dirigi às várias entidades, as minhas expetativas eram ter sucesso. Quando a CMC me enviou para a Dress, esperava que fizesse parte deste leque de vantagens. Almejava conseguir ganhar o combate. Quando aceitei a ajuda e no dia em que fui à Dress e saí de lá “armada” para o combate, escolhi fazer o que a Dress me recomendou. Segui os conselhos da Dress.
3. Quais os ingredientes chave para se ter confiança?
Não sendo psicóloga, só posso falar de mim. A confiança vem do conhecimento e da preparação. Ou seja, quando decidi procurar ajuda para arranjar emprego, decidi procurar quem me poderia ensinar os melhores caminhos. Embora seja uma pessoa proactiva, tinha consciência de que poderia não estar suficientemente preparada. Aos 55 anos, sabia que poderia não me saber defender da melhor maneira. Por isso fui rearmar-me. Para me ajudar, procurei quem sabe.
4. Se pudesse definir a Isabel em 3 palavras?
Chata, demasiado concentrada em determinadas coisas, bem isto já são muitas palavras.. talvez focada, ou até obsessiva.
A minha capacidade de cientista está relacionada com esta característica de me concentrar numa só coisa e de me abstrair do que se passa à minha volta. É a procura do que é diferente, ir atrás do que não se espera, detectar algo fora do normal… eu sou assim, mas não sei definir uma palavra para esta característica. Posso comparar com a Teoria das Catástrofes, ou seja procurar o que é fora do comum. É isso que me move.
5. O que diria hoje à Isabel antes da Dress?
Focar no mercado de trabalho. Este foi um dos meus erros. Foi não me focar no mercado de trabalho. Não conhecendo o funcionamento, não me posso posicionar da melhor maneira. Essa análise estratégica devia ter sido feita. Para além de ter formação (e a alto nível) faltou a análise estratégica do mercado de trabalho. Eu não tenho capacidade de análise estratégica e não tinha consciência de que não a tinha… essa foi a minha maior falha!
Entrevista realizada por Sandra Oliveira em Julho de 2021